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  • Foto do escritorFernanda Polo

Marcas da catástrofe: 35 anos do acidente nuclear de Chernobyl


A cidade de Chernobyl, coberta por névoa e neve.
Foto: Andrej Krementschouk

O maior desastre nuclear já registrado na história ocorreu entre os dias 25 e 26 de abril de 1986. O acidente no reator nº 4 da Usina Nuclear de Chernobyl, localizado perto de Pripyat, na Ucrânia, aconteceu durante um teste de segurança no início da madrugada, resultando em uma explosão e subsequente incêndio que só foi contido no dia 4 de maio. Como consequência, plumas radioativas foram lançadas na atmosfera, precipitando-se sobre partes da União Soviética e da Europa Ocidental.


A fim de evitar uma catástrofe ainda maior e de descontaminar o entorno da usina, 500 mil trabalhadores foram envolvidos no processo, que custou cerca de 18 bilhões de rublos soviéticos (o que hoje equivaleria a mais de R$ 1,2 bilhões). O número total de vítimas ainda é controverso. Duas mortes ocorreram na instalação durante o acidente - uma após a explosão e outra por dose letal de radiação. Dias depois, 134 militares foram hospitalizados com síndrome aguda da radiação (SAR), dos quais 28 morreram dentro de poucos meses. Além disso, 14 mortes por câncer devido à radiação, entre os sobreviventes, ocorreram nos 10 anos seguintes. Houve também, entre a população, 15 mortes infantis por câncer de tireoide.


A catástrofe motivou novos protocolos e cuidados de segurança em usinas nucleares em todo o mundo, além de inspirar livros, séries e até mesmo visitas ao cenário radioativo. Os efeitos do acidente nuclear não se restringiram aos territórios soviéticos, como também atingiram diversos países do globo. O Brasil, inclusive, teve um dos capítulos de sua própria história escrito com base nos efeitos da radiação.


Nesta reportagem multimídia, produzida por Fernanda Polo, Giovanna Parise e Mariane Venditi, reveja o contexto que levou à catástrofe soviética e entenda como o acontecimento impactou o Brasil de diferentes maneiras — de carnes contaminadas a tratamentos médicos para crianças ucranianas expostas à radiação, passando também por mudanças em protocolos de segurança nas usinas nucleares brasileiras.



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