Profissionais e espaços culturais tiveram de adaptar suas atividades à crise sanitária, apoiando-se em benefícios governamentais para encontrar uma saída, que ainda não parece estar à vista
Um dos mais afetados pelas medidas de isolamento social impostas pela pandemia de Covid-19 – e, ao mesmo tempo, um dos mais valorizados durante o período –, o setor cultural começa a ver uma retomada de suas atividades com o avanço da vacinação contra o coronavírus – até esta quinta-feira (14), 73,7% da população já tinha o esquema vacinal completo, segundo o Vacinômetro da Prefeitura de Porto Alegre.
Ao longo da pandemia, artistas, produtores e espaços culturais encontraram em auxílios emergenciais e editais, como a Lei Aldir Blanc, formas de sustento – mas será que essas iniciativas foram o suficiente? A discussão em torno da lei Paulo Gustavo, que tramita no Congresso Nacional e prevê novos benefícios financeiros ao setor, bem como o anúncio feito no início de outubro pela Prefeitura de Porto Alegre sobre um novo auxílio emergencial para a cultura, indicam que a área ainda está longe de retomar um sustento pleno – algo que, mesmo sem pandemia, sempre foi desafiador.
É nesse cenário que o Humanista e o Feature foram saber como profissionais e espaços do meio cultural de Porto Alegre sobreviveram à crise sanitária (e à econômica decorrente dela), para também delinear perspectivas para a retomada do setor.